Rodada de 6 de março de 2010

Na marcha que vai, essa crônica em breve estará sendo publicada em formato brochura ...

Esta crônica poderia se chamar “Da Lama À Glória”! O emérito fundador de nossa confraria, Régis Capibaribe, o imortal, saiu do nefasto semi-phona do campeonato passado e com uma campanha quase irrepreensível arrastou o título de um dos mais concorridos torneios de todos os tempos!

Ao início dos trabalhos verificamos a presença de 14 participantes, ensejando uma maratona de 13 jogos para cada atleta! Só com muito preparo físico para suportar o desgaste dos jogos quase contínuos.

E o grande Régis Capibaribe, apesar de seu time jogar com a língua para fora (Rolling Stones), segurou o touro à unha e chegou ao final do certame ainda com gás para curtir com a turma do subsolo. Não é, Edson Guevara?

Infelizmente, para não darmos por perfeita a apresentação do time Stoniano, dois detalhes deslustraram tão importante conquista:

I - o primeiro, a partida de Régis Iscariotes, digo, Régis Capibaribe, contra Eduardo de Castro, onde o time das azeitonas (Real Madrid, Eduardo de Castro) foi impiedosamente garfado, espoliado em dois lances capitais (os quais foram convalidados pelo “peru” Joaquim Albuquerque, vulgo “Cego Aderaldo"), que, como não poderia deixar de ser, resultaram em gol, para descrédito da máxima “quem rouba, nunca aumenta” ... A indignação de Eduardo de Castro resultou numa das maiores “pegadas de ar” dos últimos tempos, com direito à beicinho, batida de pé, retirada do goleiro e outros procedimentos para lá de infantis.

Felizmente a paz retornou aos gramados, a partida foi encerrada, os orgulhos feridos medicados e toca a bola (ou o dadinho) para frente ...

II – o segundo ponto nebuloso dessa conquista também pode ser debitado na conta de Joaquim Albuquerque, que em seu confronto final com Régis Capibaribe pôde decidir, mais uma vez, o destino da taça do torneio.

Na última rodada se digladiavam pelo título Eduardo de Castro, que só dependia de si, Régis e Felipe.

Inexplicavelmente (ou seria um efeito retardado da partida com Régis Iscariotes, digo, Régis Capibaribe?) Eduardo de Castro perdeu seu último confronto para a revelação Heraldo, mas ainda poderia sagrar-se campeão, caso Régis Capibaribe empatasse com Joaquim Albuquerque.

Mais uma vez o destino de Eduardo de Castro encontra-se nas mãos trêmulas e senis de Joaquim Albuquerque, dependendo de seu oscilante desempenho para abiscoitar mais um título em sua gloriosa carreira ... No episódio anterior, Joaquim chutou o lance final de forma convincente, acertou a trave e a bola caprichosamente não entrou.

A história se repete, diz o filósofo, e mais uma vez Joaquim vai para o último chute com a decisão do torneio em sua palheta.

É, amigos, dessa vez Joaquim nem tentou disfarçar ... A intenção de dar o título do torneio a Régis Capibaribe já tinha sido demonstrada desde o jogo deste contra Eduardo de Castro, onde Joaquim “Aderaldo” validou os lances duvidosos a favor do Rolling Stones, lembram? E o lance final não poderia ser diferente: um “peidim”, no meio do goleiro e se o guarda-valas não tivesse postado sob os três paus, talvez o dadinho sequer tivesse cruzado a linha fatal. Ridículo! Dessa vez Joaquim arriou as calças, pôs-se de quatro e gritou: “Arrocha, Régis, que o Caneco é teu!” ...

É, senhores, mesmo assim o fair play nos manda saudar o campeão. Parabéns, Régis Capibaribe, por uma campanha memorável, em todos os sentidos.

Felipe, o come-quieto, passou o campeonato evitando os holofotes, amealhando os resultados positivos que o guindaram ao segundo posto da competição.

Quando os adversários se aperceberam de sua performance já era tarde demais e só não foi campeão por conta de alguns insucessos de percurso. Cuidado com ele!

Eduardo de Castro, após o trauma da partida com Régis Capibaribe, partiu célere rumo à recuperação, restaurando o taboo havido com Dadal, esbofeteando Hemídio, Radesh e Felipe e chegando à última rodada com integrais chances de ser campeão.

A inesperada derrota para Heraldo tirou-lhe o título, acabando a competição em terceiro lugar. Essa história de perder o título na última rodada já está enchendo o saco ...

Hemído, o ainda único bi-campeão de 2.010 (oito edições, sete campeões), manteve a regularidade de sempre, mas faltou-lhe o brilho da excelência para o título, Mesmo assim garantiu sua boa colocação no ranking com um honroso quarto lugar.

Dessa vez a intimidação pré-jogo de Leandro Radesh não produziu resultados.
A prévia história do “hoje não tem para ninguém” não colou, a unha não funcionou, a régua estava descalibrada e a quinta posição ficou de bom tamanho. Olha o Leandro Radesh descendo a ladeira ...

Se eu disser para vocês que Djan ficou em sexto dentre quatorze participantes, vocês acreditam? Não? Pois é a mais pura verdade! Numa arrancada fulminante, o time liderado pelo Capitão Nascimento, Jack Bauer e John McLane parece que resolveu abandonar de vez o estigma phonal.

Esperamos todos que Djan, aquele que jamais será campeão, mantenha-se longe das últimas posições nas edições botonísticas futuras.

O “Cego Aderaldo”, digo, Joaquim Albuquerque, finalizou sua mambembe participação em sétimo lugar, numa irregularidade flagrante.

Pelo visto, a única atividade regular no time dos Looney Tunes é deitar por terra os sonhos de vitória de Eduardo de Castro. Mas um dia essa maldição acaba ...

Quem se recorda de Dadal, o Pífio? Pois é, continua pífio! Oitavo lugar!

Heraldo Simões e seu time do Recruta Zero fizeram diversas vítimas ao longo do torneio, entre eles o escriba dessa coluna, numa campanha das mais auspiciosas, considerando ser apenas a segunda participação do atleta na confraria do Maria Bonita. Encerrou na nona colocação. E ainda não pisou na lama phonal!

A discussão sobre a troca de times durante o campeonato vai estar em breve em pauta no STJB do MB (Supremo Tribunal de Justiça Botonística do Maria Bonita).

Barreto iniciou a competição com o Palmeiras e tanto apanhava, quanto davam nele. Ao ver a lama phonal subir acima de seus joelhos, Barreto resgatou o Fluminense de antigas glórias e encerrou sua participação de forma
invicta, numa alentadora décima posição.

O que aconteceu com Ronaldo Malla? O maior e mais injustiçado jurista do Maria Bonita (todos os seus projetos de lei são humilhantemente rejeitados), um dos expoentes máximos da Federação do Um, Dois, Três ... Galinha Pedrês, simplesmente não andou em campo. O Grêmio, aquele time argentino que diz que é gaúcho, teve míseras três vitórias em todo o campeonato e como castigo, acabou em décimo primeiro lugar.

Olha o Magá aí, gente! O último colocado do torneio anterior, o Phonaleza, digo, o Fortaleza, escapou fedendo de uma acachapante colocação bi-phonal! Com os mesmos quatorze pontos do Grêmio, salvou-se da degola alegando nos vestiários que por jogar com um time pequeno, sempre é prejudicado pelas arbitragens ...

E ele voltou realmente para casa! As deliciosas cervejas do semi-phona ficaram na contabilidade do Maria Bonita e Edson Guevara, com seu Ferrão (ou seria Ferruim?), despencou das alturas do título de 20.02 à lama phonal dos dias de hoje.

Não teve Coca-Cola, Jangada, Arimatéia ou Douglas Borracha que o salvassem da degola. E ainda teve a ousadia de trazer uma cerveja do semi-phona choca para a moçada! Tsc, tsc ...

Ah, o phona ... Joaquinho chegou ao Maria Bonita vibrando com a estréia de seu time, o Flamengo de 1981, com Zico, Tita, Adílio, Nunes e tantos outros pernas-de-pau do tempo da bola de pito ... Pense numa estréia desastrada! Já dizia o profeta que o caminho da lama phonal está pavimentado com os UM PONTO dos empates. E assim foi. Joaquinho: empatou pelo menos sete confrontos, numa campanha mais fraca que caldo de bila. Bem feito! Se tivesse mandado confeccionar um time de responsa, não teria passado por esse vexame.

Pega de volta aquele time da Seleção Brasileira de 82 (outra baba) e vê se passa menos vergonha do que com esse rubro-negro mascarado.

Mais uma edição encerrada. Mais história é feita por esse grupo de botonistas de fim de semana.

E a gozação está correndo solta desde o fim do campeonato, com nosso amado campeão, Régis Capibaribe, pisoteando a carne-seca ... E temos certeza que os agradecimentos dele a Joaquim “Aderaldo” são do fundo do coração!

Até sábado e eu continuo liderando o ranking!

Eduardo de Castro