segunda-feira, 29 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

Rodada de 20 de Março de 2010














A História de um Campeão – por Ronaldo Malla, sobre Ronaldo Malla.



- Ei, cara, você é gaúcho?

Essa pergunta já me fizeram dezenas de vezes.

Talvez porque eu não tenha um fenótipo tipicamente alencarino, não fale com sotaque “cearês” carregado, mas com certeza estava vestido com a camisa do time dos Pampas Gaúchos, o Poderoso Grêmio Foot-ball Portoalegrense, um amor que começou por acaso, assim, bem inocente, acanhado, tímido, mas que foi crescendo com muita admiração, respeito, muitas alegrias e umas poucas frustrações.

E o que tem tudo isso com o nosso querido Futebol de Mesa de todos os sábados?
Tudo! Minha paixão pelo Grêmio começou por conta de um campeonato de Futebol de Botão e esse episódio vou lhes contar agora.

Eram meados de 1980 e eu e toda a garotada do meu conjunto residencial estávamos de férias escolares e a brincadeira do momento era o futebol de botão. Não demorou muito os garotos mais velhos que tinham 13, 15 anos, por aí, resolveram fazer um campeonato de botão que iria premiar os três primeiros lugares com medalhas de ouro, prata e bronze, tudo bem organizado pelos recém adolescentes.

- “E aí, Ronaldim? Tu vai querer jogar também com o resto da turma? Vai todo mundo daqui do conjunto, ó, vai ser massa! Tu num vai não?”

- “Vou sim!”

Naquele tempo eu tinha um só time de botão, um Palmeiras que ganhei quando tinha 6 anos e emendei na resposta...

- “Vou jogar com o Palmeiras ...”

- “Não pode. O Claudinho já se inscreveu e vai jogar com o Palmeiras.”

Aí lascou, vou ter que pagar a inscrição do campeonato (Cr$ 5,00) e comprar um time novo (mais cinco cruzeiros) no centro da cidade e a minha mesada era só de míseros dez cruzeiros por mês. Mas é isso aí, a vida só é difícil por conta das dificuldades ...

A epopéia vai começar... Peguei o antigo ônibus da finada Cialtra da linha Aldeota – Centro, passei por baixo da catraca e o trocador já me olhou feio, mas tudo bem eu havia esperado o ônibus certo, que era dirigido pelo saudoso Seu Barbosa que também morava no mesmo conjunto que eu e era muito boa praça. Pois bem, passei pela catraca e fui direto sentar na tampa do velho ônibus, gostava de ouvir o ronco cansado daquele motorzão com suas trocas de marchas bem cadenciadas e os freios que assobiavam fino e alto toda vez que eram acionados.

Eu tinha nove anos e era a segunda vez que eu ia para o centro escondido dos meus pais (a primeira vez foi para assistir um filme dos Trapalhões no Cine São Luís quando eu tinha oito anos, mas isso é uma outra história)! Desembarquei na Praça General Tibúrcio Cavalcante, também conhecida como Praça dos Leões, cruzei a Praça do Ferreira e “embioquei” na memorável Lobrás (Lojas Brasileiras).

Ah, como era bom entrar na geladinha Lobrás e subir pela escada rolante até ao departamento de brinquedos (sim, amigos, a Lobrás era a única loja da cidade com ar-condicionado, escada rolante e tratava nosso esporte como brinquedo; eram outros tempos...) onde comecei a busca por minha futura equipe de futebol de botão. Logo fui abordado por uma vendedora que notou que eu estava só e muito interessado nos times de botões.

- “Posso ajudar?”

- “É que eu quero comprar um time de botão ...”

- “Que tal o Ceará?”

- “Não pode ser, o Ceará é do Hemídio ...”

- “E o Fortaleza?”

- “Esse é do Magá!”

- “E o Vasco?”

- “O Vasco já está inscrito com o Dadal.”

- “Pode ser o Flamengo?”

- “Não, o Flamengo, o Joaquinho já disse que ia jogar com ele!”

- “E o Grêmio?”

- “Grêmio??? De onde é o Grêmio?”

- “EDSON!”, a moça gritou. “EDSOOOON!!!”

- “Eu odeio o Edson!”, confidenciou-me a vendedora! Fiquei quieto.

- “Diz ...”, respondeu o outro funcionário ...

- “De onde é o Grêmio, mesmo, hein?”

- “O Grêmio é de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul!”, explicou o tal Edson.

- “Esse ninguém tem. Deixa eu dar uma olhada ...”

Eu sacava um pouco de geografia e sabia da distância que separava Fortaleza de Porto Alegre e do Ceará para o Rio Grande do Sul. Nunca tinha ouvido falar desse time, logo não conhecia nenhum torcedor do Imortal Tricolor dos Pampas. E o melhor de tudo, se ele perdesse ninguém iria ficar me zoando!

Pronto, foi amor à primeira vista, aqueles botões azuis com o adesivo do brasão do Grêmio em cima e logo minha imaginação criou asas enormes que me levaram para muitas partidas gloriosas, vitórias suadas, gols incríveis, defesas milagrosas, campeonatos extenuantes, títulos memoráveis, enfim tudo que um garoto de nove anos e com cinco cruzeiros no bolso poderia querer, sonhar e comprar!

- “Vou levar!!!”

Voltei o mais rápido que o velho ônibus Aldeota pôde me levar!

Começa então o fatídico Primeiro Campeonato de botão, tabela minuciosamente elaborada e datilografada (Uau!) e ao fim da primeira fase eu fui eliminado. Sim, queridos leitores, E-L-I-M-I-N-A-D-O!!! Com todas as letras, rodei bem “bunitim”, Só acho que não fui phona porque eu venci uma partida do Gustavim, que me pagou um din-din de cajá, e no outro grupo o Djan perdeu todas e só fez dois gols (ele pagou dois din-dins!).

Naquele ano o Flamengo do Rio de Janeiro foi campeão brasileiro e no ano seguinte seria campeão das Américas e Mundial com um time excelente, mas no ano de 1981 o campeão brasileiro foi o Grêmio sobre o São Paulo e eu pude tirar um grande sarro dos meus vizinhos

- “Tá vendo aí... Meu time de botão pode até não ser dos melhores, mas o meu time lá do Rio Grande do Sul é Campeão Brasileiro e vai fazer a mesma coisa que o Flamengo fez esse ano (profetizei)!”

Bati na trave! O Grêmio não foi bem na Libertadores mas foi vice-campeão brasileiro (Flamengo venceu) em 1982 o que garantia vaga para a Libertadores de 1983. Agora vai!!! E foi, o Imortal Tricolor sagrou-se Campeão das Américas e posteriormente Campeão do Mundo frente a Ajax da Holanda! O mundo era azul, meu sangue é azul e meu amor e orgulho também eram azuis! Estava finalmente vingado das
chacotas, “fuleiragens”, discriminações e vaias tipicamente cearenses!

Daí pra frente, continuei um fiel fanático torcedor do tricolor gaúcho, nas suas derrotas e vitórias desconcertantes contra outros adversários improváveis e outros já nem tanto (me recuso a falar do maldito rival gaúcho!, mas só para quem não sabe a cor da camisa deles começa com "verme", e eu não falo de vermes!).

Segui em frente, sempre praticando o Futebol de Mesa, que foi considerado esporte em 1988.

Eu já sabia ... Esse esporte iria me agregar a muitas pessoas bacanas e com almas sempre joviais.

Mas isso é uma outra HISTÓRIA!

Ronaldo Malla

domingo, 21 de março de 2010

Rodada de 13 de março de 2010


























Galera, peço desculpas pelo atraso na postagem, mas o inevitável aconteceu, o tempo para fazer o blog foi pouco semana passada.

Criei um modelo que será mais fácil de postar. A matriz está feita e é só trocar de fotos.

Colocar os resultados de todas as partidas dá muito trabalho, então abortei. Mas se vocês me derem um salário simbólico de R$ 10.000,00 por mês pra fazer toda semana, eu até faço ó!!!!

Quando eu tiver mais tempo faço um mais detalhado, mas assim já dá pra bricar!!!

Sobre o Ranking, não recebi, por isso não coloquei.

Amigos, a vida é difícil por causa das dificuldades!!!!

Valeu galera!!!!

Regis Capibaribe